A dúvida filosófica não é uma dúvida banal, comum, porque ela se caracteriza por:
•Explicação racional
•Exercita a suspensão do juízo
•Favorece o exercício da inteligência para obter uma resposta clara e confiável.
Embora a Filosofia não tenha um método exclusivo de investigação, quem pretende filosofar deve seguir um principio ou regra básica: tudo o que se diz deve ser demonstrado, isto é, explicado por meio de uma argumentação que utilize apenas premissas válidas ou verdadeiras, articuladas de maneira lógica. Ou seja, é a regra da razão.
A dúvida metódica tornou-se uma referencia importantíssima e um clássico da filosofia moderna. Trata-se de um exercício da dúvida em relação a tudo o que ele, Descartes, conhecia ou pensava até então ser verdadeiro.
A dúvida cartesiana é dita “metódica” porque vai se ampliando passo a passo, de maneira ordenada e lógica, partindo de ideias mais simples e concretas até chegar às mais gerais e abstratas; e “radical e hiperbólica” porque vai atingindo tudo e chega a um ponto extremo em que não é possível ter certeza de nada, nem de que o mundo existe.
Descartes propôs não acolher nenhum juízo como verdadeiro se não se apresentasse evidentemente como tal. Trata-se do critério da evidência, isto é, da clareza e distinção.
As idéias dos sentidos, são as idéias mais concretas, que se formam em referência ao mundo material. Ex: os corpos, os objetos, suas formas, cores, texturas, ruídos, sabores etc. Idéias da razão são idéias puramente mentais ou intelectuais. Ex: 2+3=5; o quadrado tem quatro lados etc.
Descartes propôs não acolher nenhum juízo como verdadeiro se não se apresentasse evidentemente como tal. Trata-se do critério da evidência, isto é, da clareza e distinção.
As idéias dos sentidos, são as idéias mais concretas, que se formam em referência ao mundo material. Ex: os corpos, os objetos, suas formas, cores, texturas, ruídos, sabores etc. Idéias da razão são idéias puramente mentais ou intelectuais. Ex: 2+3=5; o quadrado tem quatro lados etc.
Analisemos a dúvida
metódica:
1.Argumento do erro dos
sentidos: o conhecimento que se origina das percepções sensoriais não é confiável, pois muitas vezes eles nos enganam.
2.Argumento do sonho: não há nada que possa garantir que o que se percebe ao redor não é uma ilusão onírica.
3.Argumento do Deus
enganador: Deus tem poderes deter criado você de tal maneira que se engane sempre, ou seja, que você (e todo omundo) pense sempre que 2+3=5, quando na verdade isso é uma ilusão.
4.Argumento do gênio
maligno: qualquer coisa, pessoa ou ideia que seja capaz de nos levar ao erro.
- se um enganador o enganava , ele tinha que ser algo enquanto era enganado;
- se duvidava, também devia ser algo que existia enquanto duvidava;
- o próprio ato de pensar , sem importar seus conteúdos, não pode ser colocado em dúvida, já que, enquanto duvida que está pensando, está pensando, pois é impossível duvidar sem pensar;
- se você pensa, deve haver algo (um ser, que é você) que produz esse pensamento; daí a conclusão: “Penso, logo existo”
QUESTÕES:
1. Porque o exercício da dúvida realizado por Descartes é conhecido como “dúvida metódica? E porque é chamada de “dúvida radical ou hiperbólica”?
2. Que método utiliza a Filosofia? Que regra básica não se deve esquecer para aprender a filosofar?
3. Qual é a primeira certeza que rompe com a dúvida Hiperbólica? Explique como o filósofo chegou até ela.
4. Qual o critério de verdade adotado pelo filósofo para iniciar sua investigação?
5. Analise a dúvida metódica de Descartes, explicando os seus principais passos ou argumentos, até chegar à dúvida hiperbólica.